Maha Baratha, a Grande índia!
Uma das civilizações mais antigas do mundo, índia, terra dos deuses, traz em sua essência toda uma espiritualidade e um misticismo profundo. Sua relação com o plano divino está muito além do que compreendemos e suportamos.
A religião hinduísta é uma mostra do poder espiritual desse povo, isso porque, diferente de todas as outras, não foi fundada, é tida como eterna, sempre existiu. Data de mais de 6.000 anos e coube, segundo a mítica hindu, aos próprios deuses revelarem-na aos homens.
Com essa religião nasceu o ioga, a forma de transcender o físico, também passado aos homens pelos deuses. Assim homem e deuses compartilharam das experiências místicas e desde então mantêm esse referencial.
O povo da índia vive esse misticismo, essa união com os deuses, no seu dia-a-dia, suportando a fome, a dor, a miséria e o superpovoamento com dignidade, vencendo esses sacrifícios única e exclusivamente com a fé. Podemos dizer ainda que essa fé está muito além da nossa, mais ligada ao saber que ao crer, está intrinsecamente no coração de cada indiano.
A adoração é a palavra-chave que mantém esses místicos vivos e fortes em suas crenças, tendo no Rio Ganges, mesmo que mortalmente poluído, a fé da religiosidade.
Dentro do principal livro da religião hindu, o Bagavad Gita, a devoção é uma das mais conhecidas formas de transcendentalização.
A religião hindu é um misto de teologias, pode ser vista como teísta, politeísta, monoteísta e panteísta. São muitos deuses, estão em todas as coisas e lugares, mas existe uma espécie de família trina que tem o poder maior: Brahma (o Criador), Vishnu (o Mantenedor) e Shiva (o Destruidor).
Na terra dos deuses é importante saber que existem os que têm poder real e os que agem como intermediários.
A índia não é uma civilização onde a religião definiu-se de modo machista; divindades muito importantes são femininas e cultuadas por todos os habitantes.
O povo indiano sabe que ser místico é estar preparado para o encontro com Deus; assim renova seus votos diariamente, purifica-se, medita, canta mantras e faz oferendas. A cada hora se renova para quando ocorrer o desenlace todos estejam prontos para prestar contas.
A religião hindu é reencarnacionista, aceita os carmas e os avatares como parte integrante do Dharma. Essa visão extrapolou fronteiras, enraizou-se no Sri Lanka, Nepal e Bangladesh, ganhou a Europa e a América e, hoje, todos os que se dizem místicos têm um pé na índia.
Na América a religião chegou pelo filósofo que trouxe a "Consciência de Krishna", Srila B. Prabhupãda, o homem que ensinou o Hare Krishna a ser cantado pelas ruas americanas e decodificou mais de 60 volumes da literatura védica para o inglês.
A Consciência de Krishna segue o Bagavad Gita como livro oficial e a crença da Backty Yoga como forma de transcendência. A religião da adoração.
Costumamos dizer que a fé do mundo vem da índia e a intelectual idade religiosa, do Egito.
A religião hinduísta não é tão dogmática como as demais; as pequenas comunidades não existem sacerdotes e é comum os cultos caseiros, assim a liberdade de contato com os seus é maior.
Verso 15 do Bagavad Gita:
Praticando esse constante controle do corpo, da mente e das atividades, o transcendentalismo místico, com sua mente regulada, alcança o reino de Deus ou Krishna através da cessação da existência material.
Esta é a prática do ioga.
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