quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

03 - O Místico

"O Místico é aquele que transmuta a matéria para abraçar o inivisível."


É aquele que tem a firme crença em uma doutrina religiosa, filosófica e que se julga capaz de transcender os limites impostos pela matéria.

O misticismo no século XX engrossou-se pelas adesões de infinitas novas formas de pensar. Nunca se perceberam tantas novas ideologias religiosas e filosóficas, nunca se provaram tantos cálices de conhecimentos como nestes últimos cem anos. Talvez esses fatos demonstrem a necessidade cada vez maior
que temos de ir ao encontro de nossas próprias verdades e conhecimentos. O homem quer logo reencontrar Deus.

Cada vez mais o místico recorre ao seu santuário interior buscando pôr fim às suas aflições e temores e acima de tudo integrar-se ao Absoluto.
Direi sempre que o místico é uma pessoa dotada de sensibilidade acurada, de bom gosto, de inteligência acima da média; isso o conduz sempre a clamar por novos horizontes. Afinal de contas, somos os revolucionários da nova era.
Um grande místico, um cabalista renomado conhecido por São João, afirmou em seu Evangelho a importância do misticismo: Bem-aventurado é aquele que lê e compreende as palavras desta profecia, guardando no coração as coisas que aprende. Assim é o místico, pois tudo que sabe está gravado em seu coração, em seu santuário interior, é de lá que ele extrai forças para o seu dia-a-dia.
Retirando a raiz das parábolas do Mestre Jesus explicitadas no Evangelho de São João, podemos afirmar que ser místico é acreditar na essência Criadora, observar aquilo que nos cerca, ouvir aquilo que ecoa pelo Universo, tatear a vibração que nos anima, entender as mensagens divinas, cujos signos estão estampados por todos os cantos, e relatar para a eternidade tudo o que vimos e aprendemos. Somente assim perpetuamos os conhecimentos e as verdades.

O místico é o responsável pela construção de um registro akásico que narre a história do mundo de modo mais sublime e perfeito.
Para finalizar atestamos que o místico é filho da Verdade e olheiro do Pai.
Os grandes místicos e estudiosos da história sempre foram malvistos e considerados pelos incautos como magos e bruxos. A própria Santa Inquisição tratou de perpetuar essa ideia, mas a eles sempre coube estar acima dessas mesquinharias, sabiam que suas missões tinham projetos divinos.

A você, que inicia pela senda maravilhosa de buscador, não temas aqueles que podem ferir tua carne, pois tua alma é indestrutível.


"Foi assim que vi em símbolos a ideia da glória de Deus e caí com minha face no chão, mas ouvi uma voz que falava comigo: Filho do homem, levanta-te e falarei contigo."

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