segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

01 - Deus, o Grande Princípio



"A essência primeira da vida se dá no sopro mudo do Verbo-Criador irradiando energias pelo corpo inerte."





Deus, o Princípio da Criação, o Verbo Eterno, o Infinito, o Todo, o Cosmos, o Grande Arquiteto do Universo. Tantos são os adjetivos para classificar o Inexplicável, o Princípio Único e Vital da Vida, que os homens mergulharam em seculares questionamentos. A Ciência busca pelas de Leis e Teorias estabelecer a existência deste Princípio. Os pensadores debruçam-se em estudos e observações, buscam em experiências capazes de transcender a matéria encontrar parte dessa verdade, mas permanecem no nada. As religiões, cada qual adotando um princípio, cada uma delas hasteando como verdade única seus escritos milenares, pregam um Deus à sua concepção. Pregam uma latria ao Eterno como sendo a fonte única de se chegar a Ele. No entanto, a única verdade que se tem vem do fundo de nosso ser, um conhecimento de Deus inerente ao homem. É algo como uma lembrança que não conseguimos definir por inteiro, mas simplesmente sabemos e sentimos.

Um dia, ouvindo um ateu falar da não-existência de um Deus, dentro da simplicidade de todo materialista que prefere negar a existência que buscar sua essência, percebemos que o ateu é um ser que simplesmente perdeu parte de sua consciência divina; é uma mente cuja memória sofreu perda parcial da compreensão infinita.

Todas as religiões afirmam: Deus existe!

O Gênesis, primeiro livro da Bíblia, Velho Testamento, inicia apontando a presença do Criador, mostra-nos como Ele cria todas as coisas e se dá a conhecer. Essa apresentação tão remota não se extinguiu de dentro do ser, daí nossa vaga, mas forte impressão de conhecermos a Deus.

Falar de Deus é, acima de tudo, concordar que o Universo é um corpo cuja mente é o Eterno e os habitantes, nós, simples mortais.

Sem Deus seríamos como cegos, um navio perdido em meio às brumas do oceano, loucos em busca da razão, um avião vagando sem destino na amplidão azul do céu.

Podemos errar pela redundância, pela insistência, mas nunca pela omissão de tentar explicar aquilo que nos é essencial: Deus.

Certa feita, um grande pensador da Igreja foi questionado sobre a existência de Deus. Sua resposta causou impacto: "Eu não creio em Deus, eu sei Deus." Saber Deus é conhecê-Lo, senti-Lo, vivenciá-Lo a cada dia de nossas vidas; isso vai muito mais além do que simplesmente acreditar.

O Todo é a essência primeira, geradora e perpetuadora da Vida. Um ser pulsante e radiante, a concepção vital da movimentação ininterrupta do Universo, aquilo que os hindus chamam de roda de Samsara, os africanos de Angromessi e Angromelá, os chineses de Tão.

Diremos ainda que Deus é o grande arquiteto do Universo, que construiu cada centímetro quadrado deste plano com a maestria que Lhe é peculiar. Não poupou esforços ou sacrifícios, não deixou escapar nenhum detalhe. Deu a cada ser uma missão, a cada coração um pulsar. Percebeu que se não houvesse individualidade não existiria vida em sua totalidade. Outra preocupação foi dar a cada vivente um complemento para sua perpetuação.

Tente imaginar o homem solitário no Universo, perdido em meio ao seu materialismo. Observando as estrelas, a Lua, o Sol. Perscrutando os sons inteligíveis da mata, o troar dos trovões e tentando analisar a imensidão do mundo sendo que sua voz não ecoa além de seu próprio campo de visão. Como seríamos pequenos; no entanto, extrapolando os limites do materialismo e a mesmice do individualismo, somos imensos, eternos, podemos voar pelas galáxias e abraçar os sóis de Marte. Podemos fixar uma de nossas pernas no distante Iêmen e a outra na Austrália. Somos gigantes, pois quase compreendemos um complexo axioma chamado Deus.

"O maior de todos os erros do ser humano é não perceber sua condição Divina!"

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