quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

29 - Vida Após a Morte



"São meus olhos que me pregam uma peça ou vejo ali adiante uma luz"

Existe vida após a morte?

Quantas vezes esta pergunta borbulhou em seu cérebro materialista? Quantas vezes os grandes filósofos esotéricos tiveram esse questionamento? O homem é o único ser que, desde o nascer sabe-se finito. Entretanto, o findar das respirações, dos batimentos cardíacos, das ações musculares e nervosas é realmente o fim de tudo?

Todas as religiões afirmam que não! Nossa intuição afirma veementemente que não! Nosso pensador atesta que a morte é apenas o início de mais uma jornada!

Conforme abordagem feita em capítulos anteriores afirmamos que temos guardada intrinsecamente a VERDADE absoluta em nossa alma. As idas e vindas entre o mundo terreno e o espiritual estampam em nosso ser imaterial as realidades peias quais temos conhecimento via intuitiva.

O mundo material é nosso conhecido, temos ciência de todas as suas nuances, sabemos do clima, das belezas, dos gostos e dos perigos; portanto, este lugar onde cursamos a universidade da Eternidade não necessita de maiores explicações. Vamos agora mergulhar na vastidão do imenso mundo astral.

Este lugar tão imaginado e ao mesmo tempo distante de nos-sas realidades não deve ser visto como ocupando um espaço determinado, pois assim seria físico. Além da matéria, inexiste a questão tempo-espaço. O mundo astral deve ser entendido como um nível frequencial e vibracional, onde a alma está em estado de suspensão temporária consciente. Não podemos de forma alguma idealizar um lugar físico, cheio de cores e formas, pois estaríamos agindo contrariamente a todas as leis físicas e espirituais.

Quando finda a vida física, quando o último suspiro é dado, a alma desprende-se de suas amarras ganhando plenitude. Existem momentos longos de angústias e incertezas; quase que uma alienação toma conta do corpo astral. A alma perde algum tempo para perceber que não está mais presa ao corpo físico, que sua tarefa terminou. Para os materialistas excessivos, apegados às coisas terrenas, esse período de espanto é muito grande. Alguns místicos chegam a afirmar que a alma do materialista permanece perto do corpo por longos períodos, vaga pelos locais que lhe eram comuns, sente a necessidade de ir ao local de trabalho, quer ver a família, comporta-se como se ainda estivesse animando um corpo. Acompanha a decomposição da matéria e chega a sentir dores como se um câncer estivesse devorando sua carne, não sabe que essas dores não lhe são mais pertinentes. Já os espiritualizados, os que de fato acreditam na vida após a morte, que não pensam só nos tesouros terrenos, têm uma separação mais amena e menos demorada.

Quando finalmente as almas desprendem-se do mundo material e passam para outro grau vibracional, são recebidas por almas boas e afins, que têm como missão amparar os que estão retornando. De acordo com seu grau de desenvolvimento, a alma é estabelecida em algum campo vibracional, onde passará a atuar.

Daqui para a frente trataremos distintamente de dois planos que recepcionam as almas: mundo da luz e o mundo das sombras.

Se formos seguir a realidade espiritual, existem centenas de mundos ou escalas vibracionais diferentes, cada qual preparado para determinada evolução. No entanto, como o espaço é pequeno e este livro é simplesmente um glossário esotérico e não um tratado de vida após a morte, atemo-nos aos dois planos antagônicos para simplificar.

Mundo da luz

Quando finalmente a alma evoluída chega à sua dimensão vibracional correspondente, conduzida por outras almas que fazem um trabalho no mundo etéreo, permanece por um longo período em estado de sono profundo, um coma propriamente dito. Tal fato deve-se à necessidade de repensar todas as suas existências, em especial a última passagem pela Terra. Nesse estado de coma, sua mente avalia todas as informações; além disso, essas passagens são estampadas em nossa consciência eterna.

Os espíritas acreditam que tudo o que vivemos neste planeta fica gravado no nosso perispírito, espécie de envoltório para a alma. Esta não é a nossa visão, pois certamente um dia a alma não mais necessitará desse invólucro e assim perderá sua consciência evolutiva. Cremos que nada que se aprende pode ser desprezado nem que tenhamos ultrapassado as barreiras da perfeição. Se um dia formos perfeitos é por que iniciamos e aprendemos com a imperfeição.

Durante esse período de inércia, a alma purifica-se até despertar consciente de seus erros e acertos. Recebe vibrações de almas afins e passa então a escolher novas missões de auxílio e de evolução.

Despida de todo material grotesco, a alma passa a ter liberdade de movimentos, além é claro de uma ação psíquica muito mais efetiva. Assim sua comunicação e percepção estão garantidas.

Daqui para a frente trataremos distintamente de dois planos que recepcionam as almas: mundo da luz e o mundo do som.

Muitas vezes, a alma viaja a outros espaços vibracionais inferiores, comunica-se com os que sofrem e presta-lhes auxílio vibracional. Tenta arduamente auxiliar a evolução dos que necessitam.

O mundo astral evoluído é abundante em natureza e beleza; isso não quer dizer que a alma vaga pelo paraíso, mas que existe uma harmonia vibracional compatível com a evolução de cada ser. Vamos atestar que o Criador, dentro de sua sapiência, preservou do plano terreno o que era bom e útil, e com certeza a natureza faz parte desse novo estágio.

É comum a alma ascendente enviar vibrações de paz aos homens do plano material, mas não mantém contato direto; simplesmente irradia luz. Assim como nós, que inúmeras vezes irradiamos preces aos mundos superiores recebemos essas vibrações.

Todas as preces humanas que ascendem aos planos superiores são recebidas com muita simpatia e gosto, pois enquanto ora o homem vibra e sintoniza-se com almas afins para irradiar luz.

Mundo das sombras

O mundo da luz é um estado vibracional, e não um lugar físico, assim como o mundo das sombras. As diferenças são simples, a densidade vibracional desse plano é inferior, muitas vezes inferior até a do plano material. Nesse espaço vibracional encontram-se as almas egoístas, as que praticaram crimes na Terra, as que buscaram ir contra o Dharma. Almas que fizeram de sua passagem um mar de sofrimentos e acumularam carmas em excesso.

O processo de recepção é o mesmo, a alma é conduzida ao seu estágio e mergulha em um profundo sono, relembra-se de suas passagens, em especial da última. Nesse período ela sofre, mas, por falta de evolução e de consciência divinizada, ao despertar ainda carrega uma personalidade maligna e cheia de luxúrias.


Essas almas permanecerão nesse estado vibracional como se estivessem em um umbral. Caberá a elas lutarem para recompor e construir um estado vibracional melhor.

Até que ocorra uma melhora, e nos é impossível aquilatar tempo, já que nessa dimensão ele simplesmente não existe, essas almas comumente ligam-se ao mundo material, enviando vibrações negativas, comunicando-se com os homens como se fossem espíritos de muita luz e importância, obsediando os mais fracos, perturbando outras almas.

O grande perigo desses espíritos é quando encontram seitas mal estabelecidas filosoficamente, que os engrandecem e os louvam. O prejuízo é grande, pois retêm na Terra uma alma que necessita preparar-se e evoluir, além disso, seguem seus conselhos que na maioria das vezes são sandices.

Devemos nos lembrar que as dimensões paralelas são imateriais; portanto, transponíveis pela antimatéria, facilitando as idas e vindas dos espíritos.

O chamamento das almas interfere diretamente em seu processo evolutivo e, é claro, no nosso; criamos carmas aos quais teremos que pagar.

O mundo das sombras, aqui tratado conforme explicamos de modo pejorativo, não é uma dimensão vibracional muito bela ou estável; ali reinam o sofrimento do próprio julgamento pessoal, o estado de crítica e o arrependimento. Tudo isso associado gera um farfalhar de emoções que impregnam a atmosfera e a deixam viva como se explodisse a cada segundo em descargas elétricas.

Observe que quando falamos de sombras e trevas não estamos tentando mostrar um lugar tétrico e escuro. Simples-mente procuramos exprimir a ausência da Luz Maior em sua plenitude, pois parcialmente também está no vale das sombras. Deus não abandona seus filhos.

O vale das sombras é portanto um local onde a estrutura vibracional serve de escola evolutiva, indispensável a todo aquele que teve seus infortúnios, mas que, com certeza, vivenciará a luz.

Aqueles que habitam esse estágio não são de modo algum seres esquecidos pelo Criador; pelo contrário, Deus envia as almas evoluídas para prestar auxílio por meio de vibrações e atitudes altruísticas.

Os sofrimentos e as dores são causados pelo próprio julga-mento que cada um faz de si mesmo. O juiz final é você próprio. Não existem erros ou penas excessivas, pois você mesmo ditará sua sentença!

O Criador deu-nos o livre-arbítrio até mesmo na hora de julgarmos nossas ações.

"Aquilo que fere o corpo mata a alma. Aquilo que chamusca a mão perfura o espírito!"

Nenhum comentário: