terça-feira, 10 de janeiro de 2012

04 - Meditação

"Meditar é matar a mente sem no entanto deixá-la morrer por inteiro."
 

Dentro da primeira regra que o místico tem que observar estão o autoconhecimento, a introspecção e a análise de seu santuário interior, só possível pela meditação.

Meditação é o estado de não-mente!

Para uma perfeita meditação, devemos cessar o tráfego de informações que percorrem nosso sistema cerebral e voltarmonos para um estado natural, perdido há muito tempo.

Meditação é o reencontro com nossa essência antes da queda!
 
No processo de busca de nosso santuário interior percorremos meandros muitas vezes desconhecidos e, o mais interessante, desconhecemos nós mesmos, como somos interiormente, como pensamos ou agimos mediante diversas situações. Quando meditamos e partimos de encontro ao nosso eu interior, estamos processando uma melhor adaptação entre os níveis mentais, psíquicos e alfas.

Os hindus, os monges tibetanos e os budistas chegam a estágios elevados pela meditação. Observe que nem sempre é necessário o silêncio para ouvirmos muitas vezes o ruído de nossas vontades; é o melhor caminho para encontrarmos respostas.

A respiração, conhecida pelos yoguins como pranayamas, tem função primordial no descongestionamento das linhas informativas e na elevação cerebral do plano mental para o psíquico.

Ou seja, de modo simplificado direi que a respiração quando bem aplicada tem uma ação alucinógena capaz de anular o nível mental; isso aniquila nosso processo decodificador de análises e percepções dos sentidos e nos conduz a um estágio de leveza e torpor. O portal do nível psíquico.
 
Você já está em estado meditativo!

Quando meditamos encontramos respostas para uma série de enigmas e nos conhecemos interiormente. Nesses raros momentos de isolamento mental encontramos Deus. Isso se deve ao fato de que Deus vive dentro de cada um de nós, e está presente quando o procuramos. Ele só pode ser sentido quando estamos imersos no mais profundo sentimento de inocência. Essa inocência angelical que deixamos para trás quando tivemos que lutar para sobreviver.

A inocência é nata do ser humano, mas perdeu-se quando, nos meandros da necessidade de sobrevivência e autopreservação, esquecemos nosso fraternalismo.

Meditar é se encontrar com o Pai!

Segundo Osho, um dos maiores yoguins do mundo, meditar é um estado de não-vida e também de não-morte, pois estamos em suspensão temporária entre ser e estar.

Praticar meditação com constância permite ao místico um estado de isolamento natural dentro das cercas invisíveis que constituem a imensidão do Universo.

As respostas que obtemos em estado meditativo são significativas e dignas de confiança, são transmitidas diretamente do nosso próprio pensador. São emanações do Cosmos e, portanto, inquestionáveis. Diremos ainda que o valor da intuição, nesses momentos, não pode e nem deve ser observado com desconfiança, pois representa sua mais profunda verdade.

Quando meditamos integramo-nos à Divindade!

Muitas são as formas de meditar; para tal não temos que necessariamente fechar os olhos e não ouvirmos mais nada. Algumas pessoas encontram maior facilidade em anular os sistemas
pela dança e música. Viajar nas notas musicais e deixar o corpo leve e solto é uma das maneiras mais salutares de se perder em devaneios e ingressar em seu santuário interior.

Lembre-se bem, quando estiver totalmente relaxado, livre do peso do corpo e iniciar sua meditação, procure estar seguro que não será interrompido bruscamente; isso tem uma ação
maléfica dentro do princípio do relaxamento.

Osho ainda demonstra que é possível fazer meditação por meio da terapia do riso. Rir continuadamente inibe nossos cinco sentidos e nos deixa no portal da divagação.

"Quem ousa meditar é um super-homem que não teme abraçar-se com Deus."

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