“Reinos são porções de poder!"
Neste capítulo pretendemos estabelecer um parâmetro entre os reinos universais. Sabemos de antemão que, segundo as tradições mais antigas, todo reino é dotado de espírito, portanto é organizado e vibra em frequência com o Todo.
De acordo com a filosofia hindu, o espírito dorme no reino mineral, sonha no vegetal e desperta no animal. Portanto, evolui de estágio mesmo permanecendo por milênios estagnado e mais alguns milênios sonhando. Se auferirmos essas verdades; Saberemos que mesmo aquela pedra que está guardada em um cantinho de seu santuário, esquecida, tem um espírito e portanto um destino. Tem em grau menor uma percepção, mas um estado muito mais latente o desejo de evoluir.
Na nossa concepção, esses reinos onde trilhamos nossa existência estão diretamente ligados ao nosso Samadhy, paraíso interior; devemos respeitar aqueles que julgamos inferiores e manter a mesma postura com os que acreditamos superiores.
Existem diferenças nos estágios evolutivos, mas a essência divinal é a mesma em todos.
Reino mineral
Observando os caminhos da evolução e seguindo à risca o adágio hindu, diremos, sem medo de errar, que o espírito do homem está no topo da evolução terrena, mas não é por isso que um espírito que está preso a uma rocha inanimada não seja importante ou não esteja evoluindo a cada segundo.
Um espírito que dorme já elucubra ideologias e adquire experiência, tem todo o tempo do mundo para observar, sentir, arguir-se, introspectar-se, conhecer-se.
O reino mineral é aquele que sustenta a vida na Terra, dá-nos abrigo, saúde, solidez e permite que caminhemos sobre nossos destinos.
Outro fato importante é que são suas cabeças, o topo das imensas montanhas, que se aproximam dos céus.
O reino mineral será classificado neste livro como o do sustentáculo.
Neste reino que se divide em milhões de tipos de solos e rochas mora uma das maiores riquezas do homem, o diamante. Lendários místicos chamavam-no de coração do reino mineral.
Reino vegetal
Visualmente tão frágil, mas ao mesmo tempo belo, sublime e cheio de cores e cheiros, ele nos garante a fartura na mesa. É o reino no qual o espírito já sonha ser livre, teve a experiência de dormitar por milênios, conheceu-se e agora tem o poder de sonhar, de imaginar quão belo é o Universo e tudo que nele habita. Talvez já sonhe com o Criador, traga intrínseca uma fé relativa. Esse reino já processa alguns movimentos, ensaia seus primeiros passos.
São os frutos desse reino que mantêm em ação o ciclo da vida.
Classificarei esse reino como o da manutenção.
Reino aquático
Tomamos liberdade de criar à margem da biologia um reino novo, o aquático, o reino das águas, que consideramos ser um dos mais importantes a ter vida própria.
A água é a renovação da vida, a purificação; é ela que nos mantém vivos, fornece-nos alimentos e transportes, indica-nos calma.
Os antigos egípcios acreditavam que as cheias do Rio Nilo iram as lágrimas de Ísis que chorava a morte de seu esposo, e neste rio habitavam vários deuses. Como eles, acreditamos que 3 espíritos das águas está num plano latente, entre o sonho e a realidade, entre o sonolento e o desperto. É um espírito em suspensão temporária, mas ativo em movimentos e força, está Entre o sonhar e o despertar plenamente. Diremos mais, ele já despertou em plenitude e força, mas não ganhou consciência plena.
O reino aquático será catalogado como sendo o energético.
Reino animal
Este é o reino onde o espírito sai da inércia e da falta de mobilidade para despertar no movimento calculado e direcionado por ele mesmo.
O reino animal é, além do estágio do movimento e do instinto, um local de purgação e sofrimentos, pois de seu esforço, única e exclusivamente, sairá seu sustento e o de sua prole.
Nessa "evolução espiritual", sentimos a necessidade de contiver em grupos; é a primeira indicação para a família e a sociedade. Dividimos nossas dores e alegrias. Na maioria das teses, é comum no reino animal a tranqüilidade e a espera serem as grandes companheiras do corpo físico e do aprendizado espiritual.
Quando o espírito atinge esse estágio, o penúltimo em se tratando da evolução terrena, percebe que o movimento e as faculdades dos sentidos são fundamentais para a sobrevivência e o "despertar".
Classificarei este como o reino do movimento.
Reino humano
Aqui, finalmente, ocorre a evolução total do espírito enquanto no plano terreno. Seria muito fácil acreditar que a condição humana é a maior evolução espiritual em todas as esferas.
Nesse reino, o animal ganha a consciência, descobre-se como "agente modificador", age como processo de alteração no meio ambiente em benefício próprio, é industrial, científico, religioso, místico por essência, pois crê na possibilidade de transcender a matéria e ora em função de suas crenças e deuses.
Quando atingimos este ponto, sabemo-nos finitos e, portanto temos ciência do breve estágio neste plano; começamos a nos esforçar para uma melhora nas relações sociais e afetivas. Observamos o próximo e tentamos, mesmo que involuntariamente, minimizar seus sofrimentos e imperfeições.
Estamos aguardando o desenlace físico, para que, após milhares de anos, revestidos por carapaças de matéria, possamos finalmente nos libertar.
Classificarei essa etapa como o reino da transcendência.
"Deus, como é saudável entender parte dos mistérios, e como é difícil saber-me condutor dos mesmos."
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