“Seu destino está selado aos deuses nórdicos."
Jogo divinatório cuja base é Viking.
A filosofia deste povo é muito forte, sua religião politeísta antropomórfica baseada sempre no poder e na guerra influenciou em muito a necessidade de se criar um jogo utilizado pelos sacerdotes para prever o futuro.
As runas são símbolos, em que cada qual tem um lado positivo e outro negativo, e cada símbolo relaciona-se com uma das principais (5) divindades nórdicas.
O alfabeto mágico que compõe as runas foi criado, ou melhor, utilizado, pelos vikings por muitos séculos. Somente os protomagos tinham domínio sobre esse alfabeto, dessa forma ele foi sendo exilado do resto da população e o jogo tornando- se útil somente para a casta sacerdotal. Outro fato importante é que os vikings possuíam dois tipos de escrita, uma da casta sacerdotal e outra para a nobreza, já que a maioria da população era analfabeta.
O povo que vivia nas regiões hiperbóreas, ao norte da Europa, terra do deus Apoio, foi o real criador dessa forma divinatória. Ele decodificou o alfabeto mágico. As conquistas territoriais levaram as runas para os vikings.
Como era de costume entre esses povos, as tradições eram passadas de forma oral, e o direito era consuetudinário, ou seja, valia aquilo que estava estabelecido. Nada era escrito, mesmo porque o povo não lia, e em cima dessas tradições havia a chamada lei do silêncio. Os magos passavam suas descobertas e técnicas para seu melhor discípulo, aquele que assumiria após a morte do mestre. Com todo esse véu de mistério fica difícil estabelecer padrões para este ou qualquer outro jogo divinatório.
Hoje, sabemos com certeza que este é um jogo místico, ou seja, faz parte do conjunto de lendas de uma região, no caso, mais precisamente do povo nórdico.
Segundo as lendas foi Odin, deus dos deuses, que, após passar por várias privações e perigos, recebeu a iluminação das runas. Posteriormente, o próprio Odin teria passado o jogo e o alfabeto mágico para os homens.
As primeiras inscrições do alfabeto rúnico se parecem com os hieróglifos egípcios. Eram em formato de figuras, somente mais tarde, quando ocorreu o contato com os romanos, este alfabeto mudou, recebendo outras influências.
As runas seguem a mesma linha da cabala judaica; no que se refere à simbologia, são compostas por um conjunto de símbolos cuja interpretação ajuda nas soluções de nossos problemas. As runas fazem a mostragem da realidade pessoal.
O alfabeto rúnico é composto por letras que representam sons, cada uma encerra energia capaz de lhe trazer revelações inéditas.
As runas eram feitas em pedras ou em pequenos pedaços de madeira. Hoje também são encontradas em papelão, como um jogo de cartas.
O jogo pode ser aberto em forma de cruz, seguindo o sincretismo religioso estabelecido séculos depois com o Cristianismo.
Como o tarô, este jogo tem um significado próprio. O mago, ao fazer a leitura, resgata essa interpretação e a transmite ao consulente.
Dentro da simbologia viking a prática do jogo estava relacionada ao culto de Vanir, o deus da fertilidade. Assim as questões estavam quase sempre relacionadas a nascimentos, colheitas e procriação dos rebanhos.
Entre os vikings era muito comum procurar os leitores de runas para fazer a interpretação, não havia como hoje um preconceito, este processo místico fazia parte do modo de vida nórdico.
As runas* são compostas por 22 pedras que contêm cada uma um ideograma mágico do alfabeto. Admite-se uma relação distante com os 22 arcanos maiores do tarô.
Cada pedra ou letra do alfabeto tem correspondência com cinco deuses nórdicos, os mais importantes:
Letra & Deus correspondente
Pom Odin
Ur Thor
Manaz Thor
Beorc Thor
Hegl Loki
Nid Loki
Cer Loki
Pear Loki
Lagus Tyw
Ing Tyw
Eolh Tyw
Dueg Tyw
Eoh Tyw
Odal Tyw
Tyw Tyw
Feoh Freyja
Os Freyja
Rad Freyja
Ken Freyja
Guifu Freyja
Win Freyja
* A primeira runa é branca.
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