36 - Exorcismo

"Exorcizar significa expulsar os demônios!"

Genericamente, diz-se do exorcismo como as técnicas da Igreja Católica Apostólica Romana em expulsar os demônios. Essa postura é medievalesca; o exorcismo, segundo entendemos, é a forma divina de purificar todas as coisas.

Não podemos estabelecer padrões para o exorcismo, os rios que temos para pesquisar são antigos e sempre se relacio- iam às questões demoníacas. Para que um padre exorcizasse determinada pessoa possuída, era necessário aval de toda a cúpula da Igreja, muitas vezes a interferência do próprio Pontífice.

Nas sessões espíritas quando ocorre o doutrinamento de uma alma sem luz, que obsedia uma pessoa e a ataca de modo cruel e indigno, está-se processando uma forma de exorcismo. Claro, muito mais branda dos que as descritas nos relatos do Vaticano. As forças em questão eram outras, e a sapiência do obsessor era maior até que a dos homens comuns. No entanto, isso é uma questão de "intensidade". Purificar ou limpar depende do tipo a ser purificado ou a ser expulso.

Quase todos os avatares, entre eles o próprio Cristo, promoveram exorcismos e legaram ao homem, sem exceção, esse direito: A palavra não será para mim vazia!

Essa aliança é o sinal de que Cristo nos legou o direito de falar com a autoridade de quem é filho de Deus. Temos o poder de pedir e expulsar. Portanto, todo homem cuja sabedoria permita, cuja crença em um Deus seja grande, tem o poder e o direito de expulsar qualquer impureza que comprometa a pureza da Terra ou seus entes queridos.

Não queremos ser mal interpretado neste capítulo, nem passar para a história como loucos que ousaram criar nos leigos a idéia de lutar contra qualquer força maligna, mesmo acreditando que podemos. Queremos sim dizer-lhe que pelo poder da palavra e da fé temos como purificar um ambiente, um automóvel, um doente e assim por diante. Temos como manter limpa nossa vida de miasmas astrais e de vampiros energéticos.

Simplesmente com o uso da palavra expulse essas forças que prejudicam sua vida e sua harmonia familiar. Além da palavra você pode fazer uso de uma água purificadora ou exorcizante.

Como preparar sua água exorcizante?

Usaremos aqui os preceitos litúrgicos da preparação da água benta; é claro que a dotando de menores poderes e limitando seu uso:

1 litro de água limpa

10 gramas de sal

Coloque suas mãos sobre a jarra com água e inicie a preparação dizendo:

— Com os poderes que Deus me concedeu na Santa Aliança eu peço:

"Senhor exorcize este elemento água U para que ela se torne pura U e santificada U."

(Repetir este rito três vezes.)

Coloque suas mãos sobre o pote com sal e inicie a preparação dizendo: 

— Com os poderes que Deus me concedeu na Santa Aliança eu peço:

"Exorcize este elemento sal para que ele se torne puro U abençoado U e vivificado." (Repetir três vezes este rito.)

Junte o sal à água, imponha as duas mãos sobre a jarra e diga:

—U água e sal, combinadas, sejam puras, e quando aspergidas expulsem daqui os miasmas astrais e os espíritos impuros. Sirvam de remédio aos que sofrem dos males da doença e bálsamo aos que têm dores U. Sirvam de escudo e proteção contra toda ação do mal U. Assim seja.

Você pode manter a jarra em seu oratório pessoal e fazer sempre uso dela.

Lembramos que todo místico necessita de espaço, mesmo que pequeno, para poder guardar seus objetos de fé, fazer seus estudos e suas técnicas de meditação.

Voltando ao assunto exorcismo queremos alertá-lo que a palavra, para ter um poder total, tem que vir carregada de fé e crença naquele que o ordenou. A palavra para não ser vazia tem que estar cheia de esperança e vontade.

Quando os sacerdotes católicos eram chamados para expulsar demônios que tomavam o corpo de alguma pessoa, eles se preparavam com jejuns e orações, faziam leituras de livros sacros e tinham muita fé e autoridade para impor a palavra, esmo assim, alguns relatos mostram que esses sacerdotes às vezes falhavam em suas obrigações. Vencer o mal é muito difícil. Não se julgue apto a nada que não conheça, pesquise, estude bastante, pois o buscador é aquele que um dia carrega a tocha do saber.