sábado, 21 de janeiro de 2012

55 - Símbolos Místicos



A simbologia é a forma como por meio de um signo vemos ou entendemos o misticismo de determinadas profecias ou mantemos contato com os meios sobrenaturais.

A cabala utiliza de forma constante a simbologia.

O Ponto: O ponto não tem princípio nem fim, representa a divindade maior, o início e o fim de tudo. É um símbolo antiguíssimo e de fundamental importância no meio místico.

A Cruz: Tão antiga quanto o próprio mundo, retrata o encontro de duas forças opostas num centro energético perfeito. Este símbolo, antes de se relacionar com o sofrimento do Cristo, tem sua ligação mística com a China, a índia e o Egito. 

O Círculo: O movimento cíclico do Universo e das energias. Representa toda forma de força cíclica, seja corpórea ou universal ininterrupta.

O Triângulo: Tem cabalisticamente duas formas de interpretação, define o termário, o número três: causa, ação e reação. É também a força do etéreo, já que o vértice está para cima.

O Triângulo Duplo: Representa a união das forças da Terra com as celestiais. O famoso selo de Salomão foi inspirado neste símbolo.

A Reta: O caminho por onde trilhamos nossa existência mística, a vida terrena.
A Cruz de Ank ou Cruz Ansata: Símbolo egípcio utilizado pelos faraós que representava a imortalidade — a vida eterna. Todo faraó ao morrer levava a cruz junto às narinas para adquirir a imortalidade. 

O Sol: Considerado pelo povo egípcio como o primeiro Deus, talvez tenha sido a primeira manifestação monoteísta do mundo, o deus Rá.

O Tao: A representatividade chinesa do macro e microcosmos e das duas energias que regem o mundo, yin e yang, o feminino, o masculino, o mal e o bem. A força intrínseca do Universo convertendo-se ora em uma, ora em outra.

Símbolo do "Om": A vibração Divina para a criação do Universo, quando vibrado como Aum representa a família trina indiana: Brahma, Vishnu e Shiva. É considerado o mais importante símbolo da atualidade. 


A simbologia tem sua lógica e sua força, mas o misticismo é um caminho muito longo no qual todas as peças têm que se encaixar perfeitamente, só assim teremos equilíbrio no nosso Universo.

"A cada dia tenho maior certeza de que me dediquei ao caminho certo, e que junto comigo caminhem todos aqueles que sabem da importância de dizer MÍSTICOS."

Namasté 

Rogério Sidaoui é natural de São Paulo, nascido em 1960 m família oriental (egípcia). Desde cedo trilhou os caminhos o misticismo, em princípio como estudante de Teologia e Filosofia, posteriormente como historiador e autodidata nos aminhos da transcedentalização.

É membro da Ordem ROSACRUZ há muitos anos e da TOM, Tradicional Ordem Martinista.

Estudioso das medicinas orientais exerce a função de acupunturista desde 1981. Atua como professor do Ensino médio! Pré vestibular na área de história.
Rogério Sidaoui escreve ensaios desde os 14 anos, tendo se especializado em romances místicos e aventuras em mundos paralelos. Além disso, como teólogo, faz ensaios sobre religiões comparadas e Seitas Vivas e mortas.

É pesquisador da URCI (International University Rosecroix) das áreas de Egiptologia e Seitas Místicas.

É criador da NOVA REVELAÇÃO, onde apresenta o processo reencamatório como físico, ou seja, geneticamente transmitido; a Ressurreição como processo espiritual de elevação, ocorrendo ao mesmo tempo.

54 - A Espiritualidade da Índia



Maha Baratha, a Grande índia!

Uma das civilizações mais antigas do mundo, índia, terra dos deuses, traz em sua essência toda uma espiritualidade e um misticismo profundo. Sua relação com o plano divino está muito além do que compreendemos e suportamos.

A religião hinduísta é uma mostra do poder espiritual desse povo, isso porque, diferente de todas as outras, não foi fundada, é tida como eterna, sempre existiu. Data de mais de 6.000 anos e coube, segundo a mítica hindu, aos próprios deuses revelarem-na aos homens.

Com essa religião nasceu o ioga, a forma de transcender o físico, também passado aos homens pelos deuses. Assim homem e deuses compartilharam das experiências místicas e desde então mantêm esse referencial.

O povo da índia vive esse misticismo, essa união com os deuses, no seu dia-a-dia, suportando a fome, a dor, a miséria e o superpovoamento com dignidade, vencendo esses sacrifícios única e exclusivamente com a fé. Podemos dizer ainda que essa fé está muito além da nossa, mais ligada ao saber que ao crer, está intrinsecamente no coração de cada indiano.

A adoração é a palavra-chave que mantém esses místicos vivos e fortes em suas crenças, tendo no Rio Ganges, mesmo que mortalmente poluído, a fé da religiosidade.

Dentro do principal livro da religião hindu, o Bagavad Gita, a devoção é uma das mais conhecidas formas de transcendentalização.

A religião hindu é um misto de teologias, pode ser vista como teísta, politeísta, monoteísta e panteísta. São muitos deuses, estão em todas as coisas e lugares, mas existe uma espécie de família trina que tem o poder maior: Brahma (o Criador), Vishnu (o Mantenedor) e Shiva (o Destruidor).

Na terra dos deuses é importante saber que existem os que têm poder real e os que agem como intermediários.

A índia não é uma civilização onde a religião definiu-se de modo machista; divindades muito importantes são femininas e cultuadas por todos os habitantes.

O povo indiano sabe que ser místico é estar preparado para o encontro com Deus; assim renova seus votos diariamente, purifica-se, medita, canta mantras e faz oferendas. A cada hora se renova para quando ocorrer o desenlace todos estejam prontos para prestar contas.

A religião hindu é reencarnacionista, aceita os carmas e os avatares como parte integrante do Dharma. Essa visão extrapolou fronteiras, enraizou-se no Sri Lanka, Nepal e Bangladesh, ganhou a Europa e a América e, hoje, todos os que se dizem místicos têm um pé na índia.

Na América a religião chegou pelo filósofo que trouxe a "Consciência de Krishna", Srila B. Prabhupãda, o homem que ensinou o Hare Krishna a ser cantado pelas ruas americanas e decodificou mais de 60 volumes da literatura védica para o inglês. 

A Consciência de Krishna segue o Bagavad Gita como livro oficial e a crença da Backty Yoga como forma de transcendência. A religião da adoração.
Costumamos dizer que a fé do mundo vem da índia e a intelectual idade religiosa, do Egito.

A religião hinduísta não é tão dogmática como as demais; as pequenas comunidades não existem sacerdotes e é comum os cultos caseiros, assim a liberdade de contato com os seus é maior.

Verso 15 do Bagavad Gita:

Praticando esse constante controle do corpo, da mente e das atividades, o transcendentalismo místico, com sua mente regulada, alcança o reino de Deus ou Krishna através da cessação da existência material. 

Esta é a prática do ioga. 



53 - Demonologia



"Convencionou-se chamar de demonologia aos estudos que versam sobre os demônios!"

O demônio existe verdadeiramente nesta dimensão? Quem é ele?

Segundo os textos bíblicos, o demônio existe e é um anjo caído, expulso do Paraíso para o Inferno por tentar combater Deus.

Na realidade, quando tratamos de um assunto tão delicado, cujas origens aparentemente remontam à criação do mundo, devemos ter muito cuidado e caminhar sem pressa, observando tanto as questões teológicas quanto as místicas.

O mal é o oposto do bem, uma aversão às coisas perfeitas e lógicas que foram instituídas no Universo.

No Novo Testamento vemos o Cristo ser tentado pelo demônio em pleno deserto. Analisando bipolarmente a situação, teríamos que acreditar que onde estava o bem, o cordeiro, deveria haver também seu oposto, o mal, o demônio. No entanto, esta é uma verdade que precisa ser pesada e dosada corretamente, para não gerar em alguns assombro e em outros expectativas.

Cristo, o Grande Avatar, quando foi tentado pelo demônio no deserto, vinha de duras provas, de longos jejuns: "Nem só de pão vive o homem". E estava em um plano multidimensional, sua realidade estendia-se muito além do plano terreno e dos acontecimentos que nessa condição vibracional apresentavam-se.


Outra questão é esta separação do bem e do mal, é o descomplemento do ser; assim analisamos que o mal nasceu do bem e a separação enfraqueceu os dois opostos. O bem está fragilizado assim como o mal. O equilíbrio, portanto, está no homem, no cumprimento do Dharma. O HOMEM É O FIEL DA BALANÇA.

Agora passamos a responder as questões que dão início a este capítulo. Desculpem-nos os fanáticos e os ateus, mas nossa visão é e sempre será a do homem como o microprosopo, o que ele cria é real.

O demônio existe como manifestação do mal? Sim, a manifestação do mal, o oposto ao Dharma.

Ele está presente em nossa dimensão vibracional? Não, pois o demônio reside no limiar de nossa consciência, e projeta-se, torna-se visível e real, quando como microprosopos materializamos essa realidade do umbral de nossa consciência.

O demônio tem poderes? Sim, quando quebramos o Dharma intimamente sabemo-nos errados, e damos forças a ele. O poder do demônio é ampliado por nossa negatividade.

A nossa consciência tem poderes para muito além deste plano vibracional, desde o nefasto reino do mal, até o mais belo e amplo reino angelical. Somos o centro do Universo e ao mesmo tempo sentimo-nos tão distanciados do Pai.

Quando tratamos de demonologia não podemos de forma alguma considerar, por exemplo, uma obsessão de espíritos malignos como uma possessão demoníaca. A escala de poder é outra. Quando falamos de uma ação demonológica refirimo-nos teologicamente a uma força "terrível", sem precedentes e que beira o próprio poder Divino. Isso no que se refere à destruição, nunca à construção. 

"Dentro da arte da magia negra o demônio é visto como o grande agente transmutador, que age pela vontade do mal.''

O demonólogo Jean Bodin, nascido por volta de 1520, chegou ao ponto de pedir à Santa Inquisição que exterminasse os bruxos e feiticeiros e todos os que tivessem afinidade com a magia negra. Podemos dizer que ele tenha se assustado com seus estudos profundos, ou ainda que tenha tido a certeza que o "mal” poderia ser liberto a qualquer momento e fixar-se nesse plano vibracional pela força dos magos negros.

Durante a Idade Média cresceu assustadoramente o número de magos negros que se relacionavam diretamente com as trevas e promoviam pactos com o demônio para ganhar poder temporal.

Quantos deles se uniram ao mal?

Foram tantos que quebraram a confiança divina, deixaram- se seduzir pelo poder e pela força. Essa sedução é totalmente maléfica e destrutiva, afirmam os "iluminados", pois dela não se tem retorno, não se descompactua com o mal; pelo contrário, mergulha-se cada vez mais dentro dele.

Em capítulos anteriores citamos o místico Aleister, que abriu em sua mente uma vibração para o portal do mal e foi assim até a morte, julgando-se o próprio anti-Cristo e o mal encarnado sobre a Terra.


Outro místico importante que trilhou esse caminho, talvez em um comprometimento menor, foi Agrippa, em cujos grimórios havia as invocações demoníacas e diversos signos e assinaturas infernais.

O Catolicismo fortaleceu com seus exorcismos e a Inquisição, a crença nos demônios e nos chamados cultos de invocação.

Acreditar ou não cabe ao místico, ao buscador. Todavia uma coisa é importante, o bem e o mal caminham muito próximos, com uma diferença, aquele perdoa sempre, enquanto este, jamais. 

Exista ou não o lado negro, obscuro, nas dimensões in-compreendidas, não cabe ao homem libertá-lo ou engrandecê-lo. Ao homem reto cabe cumprir o Dharma sempre.

Todos os tratados de demonologia tiveram impacto nas sociedades da época, mas isso se devia à força religiosa punitiva e às crenças infundidas no ser para gerar medo e submissão.

Iluminados, escutai, sejam sempre luz na trilha, nunca trevas na imensidão! 


52 - Cruz Rúnica



Esta é a forma como se dispõe as runas para se fazer a leitura; sob cada definição virá uma carta ou pedra virada avesso, o leitor desvira a pedra e estabelece a relação com o consulente.



 Nova situação

Futuro - Desafio - Passado

Fundação

Atenção, como todo jogo místico, as runas devem ser lidas ob um campo energético apropriado. Assim, é importante que local onde você arme o jogo seja consagrado e tenha junto a ele seus objetos sagrados. 

51 - Runas



“Seu destino está selado aos deuses nórdicos."

Jogo divinatório cuja base é Viking.

A filosofia deste povo é muito forte, sua religião politeísta antropomórfica baseada sempre no poder e na guerra influenciou em muito a necessidade de se criar um jogo utilizado pelos sacerdotes para prever o futuro.

As runas são símbolos, em que cada qual tem um lado positivo e outro negativo, e cada símbolo relaciona-se com uma das principais (5) divindades nórdicas.

O alfabeto mágico que compõe as runas foi criado, ou melhor, utilizado, pelos vikings por muitos séculos. Somente os protomagos tinham domínio sobre esse alfabeto, dessa forma ele foi sendo exilado do resto da população e o jogo tornando- se útil somente para a casta sacerdotal. Outro fato importante é que os vikings possuíam dois tipos de escrita, uma da casta sacerdotal e outra para a nobreza, já que a maioria da população era analfabeta.

O povo que vivia nas regiões hiperbóreas, ao norte da Europa, terra do deus Apoio, foi o real criador dessa forma divinatória. Ele decodificou o alfabeto mágico. As conquistas territoriais levaram as runas para os vikings.

Como era de costume entre esses povos, as tradições eram passadas de forma oral, e o direito era consuetudinário, ou seja, valia aquilo que estava estabelecido. Nada era escrito, mesmo porque o povo não lia, e em cima dessas tradições havia a chamada lei do silêncio. Os magos passavam suas descobertas e técnicas para seu melhor discípulo, aquele que assumiria após a morte do mestre. Com todo esse véu de mistério fica difícil estabelecer padrões para este ou qualquer outro jogo divinatório.

Hoje, sabemos com certeza que este é um jogo místico, ou seja, faz parte do conjunto de lendas de uma região, no caso, mais precisamente do povo nórdico.

Segundo as lendas foi Odin, deus dos deuses, que, após passar por várias privações e perigos, recebeu a iluminação das runas. Posteriormente, o próprio Odin teria passado o jogo e o alfabeto mágico para os homens.

As primeiras inscrições do alfabeto rúnico se parecem com os hieróglifos egípcios. Eram em formato de figuras, somente mais tarde, quando ocorreu o contato com os romanos, este alfabeto mudou, recebendo outras influências.

As runas seguem a mesma linha da cabala judaica; no que se refere à simbologia, são compostas por um conjunto de símbolos cuja interpretação ajuda nas soluções de nossos problemas. As runas fazem a mostragem da realidade pessoal.

O alfabeto rúnico é composto por letras que representam sons, cada uma encerra energia capaz de lhe trazer revelações inéditas.

As runas eram feitas em pedras ou em pequenos pedaços de madeira. Hoje também são encontradas em papelão, como um jogo de cartas.

O jogo pode ser aberto em forma de cruz, seguindo o sincretismo religioso estabelecido séculos depois com o Cristianismo.

Como o tarô, este jogo tem um significado próprio. O mago, ao fazer a leitura, resgata essa interpretação e a transmite ao consulente.

Dentro da simbologia viking a prática do jogo estava relacionada ao culto de Vanir, o deus da fertilidade. Assim as questões estavam quase sempre relacionadas a nascimentos, colheitas e procriação dos rebanhos.

Entre os vikings era muito comum procurar os leitores de runas para fazer a interpretação, não havia como hoje um preconceito, este processo místico fazia parte do modo de vida nórdico.

As runas* são compostas por 22 pedras que contêm cada uma um ideograma mágico do alfabeto. Admite-se uma relação distante com os 22 arcanos maiores do tarô.

Cada pedra ou letra do alfabeto tem correspondência com cinco deuses nórdicos, os mais importantes:

Letra & Deus correspondente

Pom Odin
Ur Thor
Manaz Thor
Beorc Thor
Hegl Loki
Nid Loki
Cer Loki
Pear Loki
Lagus Tyw
Ing Tyw
Eolh Tyw
Dueg Tyw
Eoh Tyw
Odal Tyw
Tyw Tyw
Feoh Freyja
Os Freyja
Rad Freyja
Ken Freyja
Guifu Freyja
Win Freyja

* A primeira runa é branca.



50 - Cabala




“Tudo o que se vê ou o que se fala tem mais do que um sentido."

Esta palavra representa a tradição mística do povo hebreu. Segundo toda a mística hebraica, de onde se originou o atual povo judeu, a cabala é uma tradição que foi passada de geração para geração. Essa afirmação está contida no principal livro da religião, o Pentateuco, escrito por Moisés.

A cabala teve sua base, ou melhor, é a base do Antigo Testa-mento, vai do Gênesis até o Apocalipse no Novo Testamento.

Moisés, o libertador do povo israelense, foi um Iniciado na lei dos mistérios em sua longa jornada pelo Egito. Lá, na terra dos deuses e sábios, teve importantes contatos com hermetistas e outras formas místicas de vida.

A lei de Moisés, que é o princípio do Dharma conhecido pelos ocidentais, que ele temia que sua interpretação fosse dúbia, passou a ser transmitida oralmente aos seus seguidores. Moisés tinha a plena convicção que se o "Torah" estivesse escrito, poucos o entenderiam, e aqueles que conseguissem compreendê-lo poderiam extrair de lá duplo ou triplo sentido. O fato de que ele foi escrito com duplo sentido é verdadeiro.

Todo sábio, o criador do Torah, a lei judaica, sabia que a interpretação da lei tinha que ser ao pé da letra; caso contrário, estaria rompendo com o Dharma.
Este grande Iniciado de que falamos pode não ser visto assim, mas para nós ele foi, sem dúvida alguma, avatar. Um mestre na arte da espiritualização num tempo em que o que regia era somente a matéria.

Moisés conhecia os destinos do mundo, e mais, sabia que a única forma de manter uma civilização unida e forte era pela instituição da LEI.

O Torah, a lei oral de Moisés, é a CABALA. Os judeus, por volta do século VI a.C., iniciaram a formação de uma literatura didática em cima dos textos de Moisés. Ela chamou-se "Talmud" e dividiu-se em quatro partes.

No misticismo a cabala divide-se em duas partes importantes:

A Teórica: Contém as tradições dos mistérios do Criador, fala da criatura e da espiritualidade. Trata principalmente da queda do homem Adão, o homem múltiplo ou coletivo. Dessa queda advém o caos e a renovação do mundo em sete dias.

Portanto, segundo a cabala, a criação contida na Gênesis trata da reformulação da vida após a queda do homem.

Veja você como são dúbios os meandros do Torah. Aquele que não conhece a cabala interpreta de uma forma diferente o Velho Testamento.

A Prática: É a magia, pouco conhecida, pois se manteve secreta por milênios, tendo sido desvendada somente por algumas escolas de mistérios, que transmitem os ensinamentos somente para altos graus de suas hierarquias. Portanto, bem poucos conhecem-na.

No que tange às magias, a cabala sempre foi pouco expansiva, dizia-se que aquele que busca a Deus produz uma boa magia ou magia branca; quem se associa ao mal para promover magia faz magia negra.

Essa parte da cabala associa os modos de purificação, fala a importância da meditação e abre a chamada chave divinatória que é o tarô.

0 tarô, cujos 22 arcanos maiores estão relacionados às 22 letras do alfabeto hebraico, tem sua origem no antigo Egito. Veja a importância do tarô, e a ligação muito estreita entre o Egito e o povo hebreu.

Entre os cabalistas mais importantes citarei novamente Eliphas Levi e Jacob Boeme. Seus estudos percorreram milhares de quilômetros e encontraram no princípio da lei de Moisés e no Evangelho segundo São João a chave desse grande mistério.

A cabala percorreu ainda dentro das escrituras o Apocalipse, ali desvendar-se-ão as previsões futuras.

Leve em conta que todos os textos cabalísticos escritos inicialmente em hebraico têm três sentidos: Histórico, Moral e dístico (oculto).

Outro item muito importante é saber que a cabala adota e pesquisa muitos símbolos. A parte simbológica está ligada diretamente às profecias.

Enoque foi o grande, o principal, o magnânimo tradutor da cabala dos textos de Moisés escritos em Vattan para o hebraico. Enoque foi definido como o sétimo mestre do mundo.

Deus é o princípio revestido de tudo, incognoscível e indecifrável, mas faz-se conhecer mediante dez emanações, Jefinidas as Sephiroth:

1 - Coroa
2-Sabedoria infinita
3 - Inteligência divina
4 - Majestade
5 - Força
6 - Beleza
7 - Vitória
8 - Glória
9 - Fecundação
10 - Reino

Ainda dentro do processo da cabala veremos que os quatro elementos — terra, água, ar e fogo — são habitados por seres aos quais se dá o nome de elementares. Essa tradição da cabala é tão antiga quanto o próprio Torah, e vê vida espiritual dentro de elementos que compõem o mundo material.

A cabala ainda acredita e defende a existência dos anjos, arcanjos, príncipes, tronos e toda uma seqüência de seres divinais que carregam em seus nomes as forças de Deus.

Dentro da filosofia cabalística prega-se a Reencarnação, o homem é imortal, mas não pode unir-se ao Pai enquanto não for perfeito, não se livrar totalmente da culpa de Adão. Assim, enquanto carregar esse estigma e não se purificar por inteiro, o homem volta a reencarnar nesta terra até ter se eximido por completo de suas culpas. 



49 - Maçonaria



"Deus é o Grande Arquiteto do Universo."

Por volta do século XVII e XVIII, muitos místicos interessaram-se pela maçonaria, uma sociedade secreta que adotava uma forma de misticismo cristão e tinha origem iluminista.

A importância do iluminismo foi tanta que a princípio a maçonaria surgiria dentro do princípio do livre pensar, como uma organização chamada "Cavaleiros da Luz". Composta em sua maioria pela burguesia, esteve presente em muitos dos move-mentos emancipacionistas da América (lutas em favor da independência).

Rapidamente surgiram os chamados ritos maçônicos e algumas ordens ramificadas como a Maçonaria Egípcia, criada por Cagliostro, e a dos Sacerdotes Elegidos, de Martinés Pasqually.

Teremos ainda outras ramificações dentro desse processo, tais qual a Franco Maçonaria na qual o principal articulador foi Saint Martin.
AMORC (Rosa Cruz), pois ambas carregam em determinados graus iniciáticos ritos idênticos. 

Poderíamos ainda citar várias Escolas de mistérios, como a Ordem dos Templários, a Ordem do Amanhecer Dourado, a Ordem Martinista, a Escola Osiriana e muitas outras, mas achamos por bem não estender este capítulo para não causarmos agrados a algumas escolas e desagrados a outras.


Todas as Escolas de Mistérios tiveram sua importância, pois permitiram aos homens selecionar as boas e as ruins, deram ainda históricos motivos de análise às ciências ocultas.

Algumas dessas escolas supostas tiveram seu poder usurpado por líderes interessados no poder pessoal e nas feitiçarias demoníacas. Podemos dar como exemplo Aleister Crowley, membro da Ordem do Amanhecer Dourado, que se tornando líder do ramo inglês iniciou-se na chamada magia sexual, usou de sensacionalismo intitulando-se o anti-Cristo. Alguns historia-dores e teólogos renomados afirmam que Aleister fez uso de drogas pesadas de efeito alucinógeno para comunicar-se com o mundo extrapalpável.

Demos este mago como exemplo para que possamos, juntos, analisar a importância do místico ser uma pessoa centrada e lógica, pois nos meandros de nossos estudos podemos deparar com situações que irão requerer uma consciência pura e firme. 

Devemos entender que nossos desígnios são tão-somente para com o Criador.
Em Dogma e ritual de Alta Magia, o mestre Eliphas Levi afirma de forma muito madura que o Mago é aquele que conhece a natureza e o feiticeiro é o que a profana.


48 - Escolas de Mistérios




"Escolas de mistérios são as detentoras do misticismo antigo e as guardiãs de todos os segredos da Humanidade!"

Desde a remota antiguidade os pensadores ocultistas e teurgos reuniam-se às escondidas, nem sempre por imposição governamental. Na maioria das vezes para estar dis- ante dos olhares dos curiosos, a fim de receber instruções nas chamadas escolas de Mistérios.

Quase sempre os iniciados eram escolhidos.

Em pleno século XXI, pouco se sabe a respeito dos temas ratados.

No antigo Egito, na índia e na Grécia, estas reuniões tinham maior amplitude, quase sempre sofriam discriminação da casa sacerdotal, que via nessa diferente forma de pensar uma carreira para as religiões oficiais. Não podemos nos esquecer de que era um período no qual o sistema era teocrático (governo de Deus), e o imperador era descendente dos deuses.

As chamadas escolas de mistérios ou filosóficas encontraram na Grécia um grande apoio e muita força. Platão, o grande pensador, mostrou-se inteiramente a favor da espiritualidade, assim como outros importantes pensadores dessa época.

Muitas dessas escolas foram perseguidas e até destruídas; outras venceram o tempo e as políticas locais e encontram-se firmes até hoje, milhares de anos após fundadas. Observemos que algumas delas perderam o real registro de sua data de iniciação.

Como não é nosso objetivo estendermo-nos além do necessário, iremos apresentar uma das mais importantes escolas:

AMORC: Antiga e Mística Ordem Rosa Cruz, uma das maiores, senão a maior, e mais tradicional ordem iniciática e filosófica do mundo. Sua origem antecede em muito o Cristianismo, já que provavelmente deu-se no antigo Egito quando o faraó era Amenófis IV ou Akenaton (o servidor de Aton).

Em seu quadro de afiliados constam centenas de importantes filósofos de nossa história, assim como cientistas renomados.

Provavelmente a AMORC perdeu seu elo por alguns séculos, mas voltou a ganhar forças com Cristhian Rosencreuze, que tendo morrido manteve seu corpo intacto por 120 anos.

A Rosa Cruz hoje está presente em quase todos os países do mundo, inclusive nos que antes havia a chamada Cortina de Ferro. Sua importância como pioneira fez com que dela, ou de sua raiz, nascessem outras escolas iniciáticas.




47 - Tarô



"O jogo dos magos que tem uma história tão antiga quanto o misticismo."

Composto na maioria das vezes por 78 cartas, divididas em cinqüenta e seis que compõem os arcanos menores e vinte e duas que representam os maiores.

O tarô tem seu surgimento obscurecido pelas diferentes escolas de mistérios, mas a maioria delas alega que ele é de origem egípcia e difundiu-se entre os cabalistas judeus até que 2m meados do século XVIII ganhou toda a sua força na Europa. Não há dúvida que o tarô foi levado para a Europa pelos espanhóis e disseminado pelos ciganos.

Eliphas Levi foi um dos estudiosos do tarô, e um afirmador de sua origem egípcia. Ele conseguiu ainda encontrar a semelhança entre as 22 letras dos arcanos maiores com o alfabeto hebreu: os 22 caminhos da árvore da vida. Esta tese reforça a origem milenar do tarô e sua conotação cabalística.
O tarô não pode ser considerado um jogo, mas deve ser visto como uma "tiragem" que apresenta o momento do consulente. Pode ainda ser visto como uma forma de abordagem junguiana.

Durante o chamado século das luzes, no qual surgiram os grandes estudiosos da cabala e da magia, o tarô representava um trunfo do poder. Todo aquele que se dissesse mago ou estudioso das artes místicas deveria conhecer profundamente os segredos do tarô.

Hoje, lamentavelmente, essa peça fundamental da cabala perdeu muito de sua importância em razão do crescimento desenfreado de um número muito grande de "tarólogos", que nada sabem das tradições, nada conhecem da cabala, mas utilizam- se do tarô como meio de vida.

Vemos no meio das ruas, das grandes avenidas e metrópoles um imenso número de falsos místicos, vestidos como ciganos, se impondo como renomados guardadores dos segredos dessa arte. Às vezes perguntamos atônitos, será que eles crêem de fato em seu poder? Será que a falsidade de vez em quando sobe na cabeça de tal maneira que eles se julgam capazes? Acreditamos que sim.


Os 22 e dois arcanos maiores: 

01 - O mago
02 - A papisa
03 - A imperatriz
04 - O imperador
05 - O papa ou hierofante
06 - O enamorado
07 - O carro 
08 - A justiça 
09 - O eremita
10 - A roda da fortuna
11 - A força 
12 - O sacrifício
13 - A morte
14 - A temperança 
15 - O diabo
16 - A torre
17 - A estrela
18 - A lua
19 - O sol
20 - O julgamento
21 - O mundo
22 - Saturno

46 - Eras Astrológicas



As eras astrológicas são o período de 25.858 anos que a Terra leva para passar por todos os signos. Este período é formado por doze "grandes meses", cada qual com aproximadamente 2.000 anos.

Cada "Grande Mês" é governado por um signo, com as tendências sociais e culturais atinentes a ele. Essas características refletem-se no mundo e nos seres humanos.


As Eras até a presente data

10000 a.C: Era de Leão 
8001 a.C: Era de Câncer 
6001 a.C: Era de Gêmeos 
4001 a.C: Era de Touro 
2001 a.C: Era de Áries
1 d.C: Era de Peixes 
2001 d.C: Era de Aquário 

A Era de Aquário é a que estamos entrando. Lêem-se nas estrelas as características de um misticismo profundo, de um alto grau de busca das Verdades e da união das fés. Acredito sinceramente que este período será dotado de mais fraternal ismo e preocupações com o ser humano.


Os elementos zodiacais

Empédocles, o grande filósofo grego, afirmava que "todas as coisas do Universo tem sua origem da união de quatro substâncias elementares : terra, água, ar e fogo". Assim, cada signo recebeu influência desses elementos:



Elementos & Signos zodiacais referentes

Fogo: Áries, Leão e Sagitário
Terra: Touro, Virgem e Capricórnio
Ar: Gêmeos, Libra e Aquário
Água: Câncer, Escorpião e Peixes