quinta-feira, 14 de abril de 2011

Dança do Ventre



A Dança do Ventre ou Dança Oriental é conhecida há pelo menos 4.000 anos e era praticada secretamente pelas sacerdotisas, em devoção a Iaset, deusa da magia e do mistério. Os passos da Dança do Ventre simbolizavam as histórias dos deuses, os 4 elementos, ou imitavam os movimentos observados por animais, etc. A Dança do Ventre define o corpo feminino, principalmente cintura, quadris e coxas, promove o auto-conhecimento e estimula a auto-estima.



DANÇA ORIENTAL

Sendo uma das mais antigas formas da arte humana, a dança tem acompanhado a evolução da Humanidade desde a sua pré-história. A dança tem sido um meio de comunicar idéias, de expressar emoções ou simplesmente de entretenimento. A Dança Oriental é uma das formas mais antigas de expressão artística: nasceu nos rituais religiosos primitivos e espalharam-se pelo mundo com a ajuda de viajantes, mercadores e nômades (como os ciganos e os beduínos).
  
Nos seus 7 mil anos de história, a Dança Oriental sofreu muitas influências, desenvolveu-se de várias maneiras e em diferentes lugares, movendo-se num universo que busca a beleza e o bem-estar interiores.

A ‘Raks al Shark’ (dança do oriente) ou ‘Raks Sharky’ (dança oriental) é, hoje, vulgarmente conhecida como Dança do Ventre.



A dança oriental mantém-se em contínuo processo de desenvolvimento e recebe influências de outros tipos de dança, como, por exemplo, da Dança Contemporânea ou do Flamenco. Apesar de, com o decorrer do tempo, grande parte do seu caráter ritualístico se ter perdido, devido à influência de outros povos, não se pode esquecer que a Dança Oriental sempre foi uma celebração da Vida e da Mulher e que deve ser transmitida com muito amor e respeito.


APRENDIZAGEM

A Dança Oriental baseia-se, sobretudo na consciência corporal e no isolamento de grupos musculares específicos, ou seja, na capacidade de mover separadamente as diferentes partes do corpo. Os movimentos da Dança Oriental só são convenientemente apreendidos quando são interiorizados, decodificados pelo cérebro e reenviados para os músculos que trabalham esse movimento. Os movimentos surgem do interior do corpo e refletem-se no exterior; são movimentos naturais do corpo que apenas estavam adormecidos e que, perante um estímulo, reaparecem e mostram-se. Daí a importância de se conhecer bem o corpo para melhor o utilizarmos quando dançamos.

  
A Dança Oriental trabalha todas as partes do corpo e passa-se a ter um controle muito mais consciente sobre o mesmo.

A aprendizagem desta dança é lenta, uma vez que há que aprender a movimentar cada parte do corpo separadamente, dissociar os movimentos e depois executá-los com clareza e muita delicadeza.

BENEFÍCIOS

A Dança Oriental não só trabalha o corpo como a mente, uma vez que funciona como o encontro da mulher consigo mesma.

Benefícios Físicos

Formas arredondadas e mais femininas do corpo, desmistificando a teoria de que a dança oriental causa barriga;

Ativação da circulação, favorecimento dos pulmões com mais oxigenação e, através de respirações e movimentos pélvicos ritmados, permite um bom funcionamento do estômago e intestinos;

Educação a postura, alívio de tensões na nuca, ombros e mãos;

Fortalecimento dos músculos das pernas, coxas, ancas, abdômen, nádegas e braços, permitindo o alongamento do corpo e a flexibilidade de um modo geral;
Alívio das cólicas menstruais.

Benefícios Terapêuticos

Melhoria de auto-estima;
Maior conhecimento e alongamento do próprio corpo;
Alívio do stress;
Aumento da capacidade de expressão da sensualidade feminina;
Auto-conhecimento.

Assim, gradualmente, a Dança do Ventre conquistou o seu espaço e vem sendo praticada com cada vez mais profissionalismo e seriedade por aqueles que realmente entendem o seu sentido místico e cultural. Afinal, não é difícil apaixonarmo-nos e deixarmo-nos envolver por esta arte, que faz da mulher um verdadeiro mito, despertando a deusa que existe em cada uma de nós.
  

SEDUÇÃO

Como falar sobre Dança do Ventre, sem falar em Sedução?



Em minha opinião são sinônimos, afinal, Dança do Ventre é pura sedução. Essa arte tão antiga continua exercendo um enorme fascínio, atravessando o tempo, o oceano, invadindo os continentes, fazendo parte das culturas, unindo oriente e ocidente, sempre se renovando, recebendo influências que geram ramificações da dança, mas sem perder a tradição e sempre resgatando a beleza do corpo feminino.

Devido a sua origem, muitos passos da dança do ventre são inspirados nos Deuses Egípcios. A mitologia egípcia é riquíssima, ela associa seus Deuses a diversas manifestações da natureza.

Não é possível saber, quando exatamente, surgiu a Dança do ventre.

Há registros de que, em civilizações antigas (Suméria, Acádia, Babilônia e Egito) eram desenvolvidos rituais de fertilidade em homenagem às Deusas femininas que protegiam as águas (Uazit), a terra (Geb), as mães (hater) e os filhos (taueret ou touíris). Em todos os tempos, em todas as culturas, a dança geralmente esteve ligada à magia, à religião, ao amor e a morte.



Da época em que as danças simbolizavam rituais e eram um meio de comunicação com as divindades, ou seja, a própria natureza, restaram alguns poucos sinais, dentre essas manifestações, a Dança do Ventre.

A maioria dos historiadores acredita que essa dança surgiu no Egito, por volta de 5000 a.C., criada por escravo chamado Bes (vindo de um país chamado Núbia, também na África) para reverenciar Hator, a Deusa mãe dos egípcios. Núbio criou uma dança em que os movimentos eram, basicamente, pelas pernas e região pélvica. Essa dança foi se aperfeiçoando por sacerdotisas egípcias.

No Egito, durante o período pré dinástico (anterior aos faraós), acontecia anualmente uma festa à Deusa Isis (deusa da lua, da magia, da fertilidade, senhora da beleza, também conhecida como Iaset). Nessa festa, os Padres Sem (sumos sacerdotes) preparavam a cerimônia e executavam o ritual; as sacerdotisas, devido a sua natureza feminina e receptiva, abriam um canal para o plano espiritual através de seus cânticos e da dança para que a energia se manifestasse. Para agradar a deusa, elas narravam através dos passos, movimentos e ondulações do ventre, o seu aparecimento na Terra junto com Osíris (deus destinado a espalhar benefícios sobre o mundo) e o nascimento de Hórus (filhos de Ísis e Osíris, era o deus da sabedoria, o deus soberano que unificou o Egito) e Anúbis (deus cão ou chacal, deus da medicina).

As sacerdotisas buscavam uma união com o universo, sendo esse o motivo de realizarem movimentos que representavam animais e seus aspectos divinos, os 4 elementos da natureza e suas divindades.



Na época Faraônica, a Dança do Ventre continuou sendo muito prestigiada, fazendo parte das cerimônias religiosas.

Através dos milênios, essa dança sobreviveu mesmo sofrendo algumas transformações. O monoteísmo e a intolerância religiosa, levou a Dança do Ventre, que era e ainda é, ligada à celebração da fertilidade e rituais religiosos, ficar confinada dentro das casas e dos prostíbulos.

Em 1799, no Cairo - Egito, o governo de Muhammad Ali, proibiu a Dança do Ventre ser exibida nas ruas, e a punição para quem desobedecesse era de 50 chibatadas. Para fugir da repressão, muitas bailarinas fugiram para outras cidades, como Aswan, Kean e Esna.

Com tantas barreiras que a Dança enfrentou, através dos tempos, as bailarinas se dividiram em classes:

Awalim - Bailarinas que se exibiam para os ricos e elite em geral. Tinham propriedades, escravos e animais.

Ghawazee - Bailarinas que, em sua maioria, eram ciganas, se apresentavam nas ruas e geralmente se prostituíam.

Quando Napoleão invadiu o Egito, elas entretiam os soldados franceses a tal ponto que foram proibidas pelos generais de freqüentar os acampamentos, e por não obedecerem às ordens, cerca de 400 bailarinas foram decapitadas.

A prática da Dança do Ventre foi absorvida pela cultura árabe, cuja versão contemporânea acrescentou a ela um ritmo mais acelerado e um clima de festa. Ela se espalhou pelo mundo com a ajuda dos viajantes, os mercadores e povos nômades (como os ciganos e beduínos).

Depois de tantas fronteiras, preconceitos, e atravessando os mares, em 1917 a Dança do Ventre conquistou a Europa, apresentada pela bailarina Shafiga La Copta, em Paris, na 1ª Feira Internacional.



Ela dançou adornada de ouro e brilhantes, deixando os espectadores maravilhados. Na América, a Dança do Ventre chegou após a 2ª Guerra Mundial, nos EUA, através de filmes sobre As Mil e Uma Noites.

Espalhando-se pelo continente americano, a Dança chegou ao Brasil. As bailarinas pioneiras são: Sherazade, Irene Lima, Lulu Sabongi, Lucy Penara, Liza Gonzales, Fádua Chaff, entre tantas outras.

De acordo com uma das melhores páginas que já visitei, a da bailarina Yaziza Yasaman, a Dança do Ventre recebeu nomes diferentes, dependendo da região:

Raqs El Sharq ou Raqs Sharqy - no Egito, significa "Dança do Oriente" ou "Dança do Leste";

Chiftitelli - na Grécia esse nome é também o nome de um ritmo comum na Turquia;

Rakkase - na Turquia;

Dance du Ventre - na França;

Belly Dance ou Dança do Ventre - seu nome ocidental;

Atualmente, no Egito, a Dança do Ventre é apresentada em cerimônias matrimoniais. Os noivos desenham suas mãos no ventre da dançarina como uma referência ao relacionamento da dança e fertilidade.

A dança ainda está em desenvolvimento, recebendo influências de culturas. Ela tem um poder hipnótico devido à mágica combinação de elementos da natureza e sensualidade. Seus movimentos não são numerosos, mais permitem muitas variações. Mesmo com tantas variedades de estilos, percebemos que uma característica permanece, os movimentos de quadril, alternadamente ondulatórios e vigorosos. Sua mensagem alegre e positiva vêm conquistando gerações, que buscam preservar e difundir suas características: a sensualidade, leveza, beleza, alegria, vitalidade e expressão.


Aprender a Seduzir

A dança do ventre já esteve muito mais na moda há alguns anos atrás, ainda na época da novela 'O CLONE' (2001, com reprise em 2011) que teve um grande sucesso de audiência.

No entanto a dança ainda não saiu de moda, é muito comum encontrar casa noturna e barzinhos onde existe a participação de dançarinas da Dança do Ventre que fazem os marmanjos em geral ficarem de boca aberta.
Pois então, se você quer agradar o seu marido, namorado ou rolo e não tem idéia do que fazer e como fazer, aí vai a dica, aprenda alguns passos da dança do ventre e tenho certeza que o seu parceiro vai ficar totalmente seduzido, aos seus pés... (Risos) Afinal, a Dança do ventre é uma dança muito sensual e bonita.



CONHECENDO MELHOR A DANÇA DO VENTRE

A história da dança do ventre no Brasil ainda é muito recente, datando aproximadamente de uns 30 ou 40 anos pra cá. Apesar disso, nosso país, assim como os Estados Unidos, é um dos países ocidentais com o maior número de praticantes no mundo.



Dentre as praticantes encontramos meninas, adolescentes, mulheres adultas e da chamada terceira idade, mulheres magras e gordas, de diferentes religiões e raças. Algumas têm a dança do ventre como um hobby, enquanto outras a escolheram como profissão.

Um dos aspectos fundamentais na dança do ventre é que a dançarina exprime com seu corpo o que a música diz com seus sons. Se a música está lenta, ela pede movimentos lentos, ou ondulatórios como chamamos, assim como requer uma expressão facial suave e delicada. Já quando a música está acelerada ou com batidas fortes de percussão, ela pede movimentos mais cadenciados, precisos e agressivos, exigindo também da bailarina uma expressão do rosto condizente com tal momento.
  
Ou seja, podemos dizer que a dança do ventre desperta o nosso lado suave, delicado, feminino, e também nosso lado forte e agressivo. Mas, tanto nos momentos lentos, como nos rápidos, a graciosidade é um fator que deve estar sempre presente na dança. Pois, além da técnica específica de execução de cada movimento, a dança do ventre possui – assim como toda dança – a característica expressiva, que é a interpretação, o charme e o estilo que cada uma põe ao dançar.


Os movimentos da dança do ventre são baseados no isolamento das partes do corpo, o que significa que quando a bailarina ou praticante está movimentando o quadril, seu tronco permanece imóvel, e vice-versa. Este tipo de trabalho corporal desenvolve uma série de aspectos no corpo como flexibilidade, tônus muscular, consciência corporal, melhoria da postura e da coordenação motora, entre outros.

Assim, podemos dizer que quem pratica a dança do ventre passa a conhecer melhor seu corpo, suas habilidades e limitações. Estas questões são percebidas a todo o momento nas aulas quando se consegue fazer um movimento e quando se tem dificuldade na realização de outro.

Primeiro vamos aprendendo a técnica e nosso corpo precisa de certo tempo para assimilar novos movimentos. Aos poucos vamos nos soltando, nos sentindo mais leves e livres, e então conseguimos sentir a música e nos entregar à emoção de dançar. É nesta hora que temos aquela sensação maravilhosa de sentir a beleza do movimento em nosso corpo.

Devagar vamos descobrindo a beleza de ser mulher e vamos sentindo o prazer de movimentar nossos corpos, o prazer de dançar.

FEMINILIDADE A TODA PROVA


Qualquer mulher pode aprender. Independente de altura, peso e idade. A prática, baseada na consciência corporal, traz benefícios tanto ao físico como ao emocional. É uma dança nascida com as mulheres. Não poderia tratar-se de outra modalidade, se não a dança do oriente, no Brasil conhecida como dança do ventre. É uma prática relativamente nova no país, se comparada ao balé clássico.


Apesar de ter conquistado espaço, às vezes é confundida com apresentações caricatas e sexuais, o que não condiz com a real proposta que é a valorização da mulher.

De forma geral, os passos da dança do ventre – que movimentam a maior parte dos órgãos e músculos – favorecem a saúde, conforme conta a bailarina Íris Faria, 37. “A execução da técnica é pela respiração, então, os exercícios proporcionam a massagem dos órgãos internos. Não só o ventre, mas os rins, baço, pâncreas e outros. É uma dança que ajuda a prevenir artrite e outros problemas. A prática ainda ajuda a realinhar a postura”, afirma.

Além de todos os benefícios físicos, pode-se ressaltar a possibilidade de mudanças emocionais. A bailarina Josiany Longatto Shimla, 35, conta que a dança instiga o equilíbrio emocional. “É uma modalidade que destaca, por meio da consciência corporal, o auto conhecimento. A conseqüência de tudo isso é o desenvolvimento da autoconfiança e auto-estima”, diz.

O fato de usar indumentárias características e maquiagem – no caso das apresentações –, saias e acessórios – pulseiras, anéis, – são pontos que favorecem a valorização da mulher, conforme conta a bailarina Cláudia Everaldo, 26. “São símbolos fortes do universo feminino. A própria base da dança do ventre é específica para a mulher. Os passos básicos de outras modalidades, como sapateado, por exemplo, são ensinados tanto para o bailarino como à bailarina. A dança potencializa o charme, a expressão e a delicadeza. Obviamente que essas particularidades combinadas são sensuais, o que não significa que a dança tenha isso como principal objetivo”, fala. A bailarina completa que a procura pela dança do ventre entre as mulheres tem múltiplos objetivos, que no decorrer da prática são substituídos pela satisfação própria.

NADA DE BARRIGA

Um dos mitos mais comuns é que a prática contínua da dança do ventre ajuda a desenvolver a tão temida barriguinha. Muito pelo contrário, com o tempo, a dança garante tônus muscular e suave definição na área abdominal, como garante a bailarina Samya Juliana Donzelli, 26. “Se trabalhada corretamente, os movimentos nessa região são como abdominais e até ajudam a queimar gordura”, afirma.


Há ainda o agravante da roupa de duas peças, bastante usada, e que deixa a barriga à mostra. Essa roupa foi difundida no cinema norte-americano. Uma das primeiras aparições de bailarinas de dança do ventre na telona foi nas produções “Ali Baba Vai à Cidade” (1937) e “007 – O Espião que me Amava” (1977).

MUITO MAIS

Além dos passos de base, há ainda a possibilidade de acrescentar à dança os instrumentos de percussão – pandeiro e snujs – e elementos – véu, espada, punhal, bengala, castiçal, jarro e taça. “A coreografia para cada um dos instrumentos ou elementos é executada com ritmos e interpretações diferenciadas. Existe ainda a dança folclórica – que não é dança do ventre – , mas que também é ensinada nas aulas, já que integra as tradições do mundo árabe”, conta Claudia. Não dá para desassociar a prática da dança do ventre com outros aspectos que também são aprendidos a partir do contato com a dança, como a culinária, costumes e a própria música.

NO BRASIL E NO MUNDO

No Brasil, a dança do ventre foi trazida no início dos anos 70. Alguns restaurantes árabes na capital como Semíramis, Bier Maza e Porta Aberta possuíam apresentações de dança como atração para seu público, em sua maioria, pessoas da colônia árabe, conforme conta em seu artigo publicado no site http://www.lulusabongi.com.br/, Jorge Sabongi, empresário e fundador da Casa de Chá Egípcia Khan el Khalili, localizada em São Paulo em 1980. Segundo ele, em geral, três músicos tocavam num pequeno palco e num determinado momento do jantar, havia a apresentação da bailarina. Nessa época, surgiu a primeira geração de bailarinas no Brasil. São elas Shahrazad, Samira, Rita, Selma, Mileidy e Zeina.


Quanto ao surgimento da dança do ventre no mundo, há muitas teorias. “Não há documentos suficientes que comprovem a verdadeira origem dessa dança. A versão que conhecemos hoje é mais nova. É uma fusão da dança cigana egípcia com o balé clássico. Em cada país do mundo árabe essa modalidade possui uma característica própria. Em alguns países do Oriente Médio, as roupas das bailarinas ganham mais destaque do que a própria técnica” exemplifica Juliana.


ORIGEM DA DANÇA DO VENTRE

O termo é a tradução do inglês americano Bellydance, e do árabe Raqs Sharqi - literalmente Dança do Leste. A Dança do Ventre é uma dança cujos movimentos revelam sensualidade, de modo que em sua forma primitiva era considerado um ritual sagrado. Sua origem data de 7000 anos atrás, relacionada aos cultos primitivos da Deusa-Mãe.


Umas manifestações primitivas, cujos movimentos eram bem diferentes dos atualmente executados, tiveram passagem pelo Antigo Egito, Babilônia, Síria, Índia, Suméria, Pérsia e Grécia. Sua origem é controversa. É comum atribuí-la a rituais oferecidos em templos dedicados à deusa Ísis.
A dança começou a adquirir o formato atual, a partir de maio de 1798, com a invasão de Napoleão Bonaparte ao Egito. No Brasil a dança foi difundida pela mestra síria Sharazad e mestra Saamira Samia.
Na passagem para o formato de palco, determinados elementos cênicos foram incorporados, principalmente no Ocidente:

Espada: Sua origem é nebulosa e não necessariamente atribuída á cultura egípcia ou árabe, sendo explicada por várias lendas e suposições. O que é certo, porém, é que a bailarina que deseja dançar com a espada, precisa demonstrar calma e confiança ao equilibrá-la em diversas partes do corpo; Pontos de equilíbrio mais comuns: cabeça, queixo, ombro, quadril e coxa; Também é considerado um sinal de técnica executar movimentos de solo durante a música;

Punhal: Variação da dança com a espada, também sem registro de uso nos países árabes. O desafio para a bailarina nesta dança não é a demonstração de técnica, mas sim a de sentimentos;

Véus: Ao contrário do que se pensa, é uma dança de origem ocidental norte-americana, tendo sido, portanto, criada há pouco tempo, ao contrário das danças folclóricas. Hoje é uma dança extremamente popular, e mesmo os leigos na Dança do Ventre costumam entende-la e apreciá-la;

Danças Folclóricas mais Conhecidas

Candelabro (shamadan): Elemento original egípcio, o candelabro era utilizado no cortejo de casamento, para iluminar a passagem dos noivos e dos convidados. Dança-se, atualmente, como uma representação deste rito social, utilizando o ritmo zaffa;

Säidi: Dança do sul do Egito, podendo ser dançada com o bastão (no ocidente, bengala);

Meleah laff: representação do cotidiano portuário egípcio de Alexandria. As mulheres trajam um pano (meleah) enrolado (laff) no corpo;

Dança com a cobra: a cobra era considerada sagrada no Antigo Egito e por isso algumas bailarinas fazem alusão em suas performances.

MOVIMENTOS

Há um segmento da linha de aprendizado exotérica que separa os ritmos em dois: lunares e solares. Os lunares são os movimentos ondulados e redondos. Já os solares são os bem marcados como batidas de quadril, egípcio, shimy e pulsação do ventre.

REDONDO PEQUENO: Girando o quadril encolhendo e soltando a barriga, mantendo-o no mesmo lugar. Sobe-se alternadamente cada joelho.

REDONDO MÉDIO: Sem alternar os joelhos projete o quadril para frente, lado, atrás outro lado, reproduzindo um pequeno círculo.

REDONDO GRANDE: Igual ao anterior porém a projeção para trás é maior.

O OITO

OITO-INFINITO PARA FRENTE: Coloque o quadril para o lado e torça levemente para frente, leve o quadril para o outro lado, (sem levantar o calcanhar), desenhando um oito deitado ao chão.

OITO-INFINITO PARA TRÁS: Igual ao anterior só que torcendo o quadril para trás após a lateralização do mesmo.

OITO EGÍPCIO PARA CIMA: Leve o quadril para o lado em seguida para cima (inicie o seu treino levantando o calcanhar para subir o quadril e leve para o outro lado levantando-o em seguida, desenhando um oito infinito na vertical).

OITO MAYA PARA BAIXO: Elevando o quadril para cima e em seguida leve para o lado descendo o calcanhar, suba ou outro lado e leve o quadril para fora, mesmo lado que você subiu, desenhando um oito infinito na vertical.

OITO INFINITO COM UM LADO DO QUADRIL: Com uma perna em meia ponta á frente da outra, eleva-se o quadril e o baixa desenhando com ele um oito.

OITO INFINITO COM A PERNA: Arrasta-se o pé em meia ponto no chão, tentando deixá-la esticada, deslocando ainda mais o quadril. O pé desenha um oito no chão á frente e atrás da perna de base, o quadril imita o movimento do pé.

CAMELO

CAMELO PARA FORA (PÉLVICO): Pernas afastadas e levemente flexionadas. Quadril solto inclinado á frente, eleva-se o bumbum para trás e depois para frente, desenhando um oito com o quadril.

CAMELO PARA DENTRO: Pernas afastadas e joelhos relaxados. Quadril solto projetado á frente, encaixa-se o quadril deslocando-o para trás com o abdômen encolhido, leve o peso para trás assim e relaxe quando o peso estiver no calcanhar.

BARRIGA

ONDA: Enche-se primeiro a parte superior da barriga empurrando o ar para baixo de uma forma contínua sem mexer o tronco. É feita também de baixo para cima. Este movimento simboliza o parto ou o ato de dar a luz.

SHIMY DA BARRIGA: É feito através de uma respiração rápida na barriga, produzindo um tremido (contrações rápidas).

QUADRIL

BATIDA LATERAL DE QUADRIL: Transfira o peso de um lado para o outro produzindo batidinhas para os lados.

SHIMY DE QUADRIL: São as batidas de quadril feitas contínua e rapidamente.

SHIMY COM TODO O CORPO: Flexionam-se os joelhos rapidamente produzindo um tremor em todo o corpo com ênfase na barriga.

SHIMY COM OS SEIOS: Sacodem-se os ombros de um lado para o outro rapidamente.

EGÍPCIO: É o passo básico. Em posição ereta coloca-se uma perna em frente a outra. A da frente fica sempre em meia ponta alta. Então se sobe o lado do quadril que tem a perna à frente, baixa, sobe e chuta com o pé. Pode ser feito lento ou rápido. Dele há variações para acompanhar o ritmos, como subindo e descendo o quadril sem chutar, etc.

NOIVA: Caminhando para frente ou para trás, a perna da frente eleva o quadril, passo com os joelhos flexionados, produzindo um caminhar majestoso.

SEIOS E CABEÇA

SEIOS: É possível fazer vários desenhos com os seios, a letra "e", minúscula, letra "z" letras "m" e "n", o oito na vertical e horizontal, um círculo e a letra "s".

SERPENTE: É o movimento que se faz com a cabeça deslocando-a para um lado e para o outro ou ainda produzindo um círculo.

TWIST: Coloque uma perna em frente á outra, transfira o seu peso para a perna da frente, depois para a de trás, quando for à frente, faça uma torção leve pra dentro.

OITO QUEBRADO: ou robozinho, levante o pé do chão para levantar o quadril, depois o outro lado e inicie uma marcha assim, sem mexer o tronco, até conseguir fazer também sem tirar os pés do chão (levantando os joelhos)




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Por Daniela Fernandes - danielafernandes2005@yahoo.com.br




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