segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

O ANO ARTIFICIAL


Data gregoriana: 2.1.23

Data estelar: Lua que cresce em Touro será Vazia das 19h17 até 23h45, quando ingressa em Gêmeos; Vênus ingressa em Aquário.

Os seres humanos na Terra se organizam ao redor de diversos tipos de calendário, o nosso, o gregoriano, parece universal, mas não é, e ainda por cima a determinação de o ano começar por aqui não se apoia em nenhuma referência celeste, é uma convenção que serve mais às obrigações fiscais do que para nossa humanidade se orientar por algo maior, navegando com destreza pelo infinito afora e dentro.

Embora isso seja assim, é oportuno destacar o poder da criatividade humana, que inventa um mundo aparte e pela força da crença se torna indiscutível que essa contagem do ano seja real. O ano gregoriano é exato na sua duração, porém, equivocado na sua relação com a posição da Terra em relação ao Sol.

Além disso, a ritualística da renovação é de fundamental importância para o ser humano, porque atualiza a relação com o espírito cósmico, no qual é sempre o começo. Quando ingressamos na eternidade do espírito, de nosso ponto de vista temporário parece que estamos no início, somos iniciados. Daí a importância da ritualização dos inícios, é uma forma de nos conectarmos com a eternidade, por paradoxal que pareça.

Mas, em relação à contagem do ano, sendo a gregoriana desprovida de qualquer fundamento cósmico, a não ser o da exatidão de sua duração, ele é, na verdade, uma crença, e do jeito que andam as coisas é propício refletir sobre as crenças, porque o invento de que o ano termine em 31 de dezembro e comece em 1 de janeiro não é a única crença artificial que nossa humanidade aceita sem discutir, num momento da sua história em que se torna urgente passar em revista tudo que é dado por sabido, tudo que é indiscutível, mas que não passa de um artifício.

Nenhum comentário: