segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O Sentido dos Sonhos


Todo o texto dessa postagem foi extraído do livro "A Chave dos Sonhos" (conforme ilustração acima) da autora Betty Bethards.  

O Que Há em um Sonho?

Seriam os sonhos um fenômeno estranho e misterioso que ocorre espontaneamente no período noturno da vida? Ou haverá algum sentido mais profundo por trás dessa experiência universal?

Através de toda a história registrada, a humanidade sempre deu valor aos sonhos. Fonte de orientação, inspiração, profecia, previsão e resolução de problemas, os sonhos são uma experiência comum a todos nós. Eles não reconhecem limites entre velhos e jovens, ricos e pobres, raças, religiões e nacionalidades. Em todas as culturas encontramos alguma versão de "dormir sobre um problema" antes de tomar uma decisão. A Bíblia e outros textos antigos estão repletos de exemplos do importante papel dos sonhos na vida das pessoas.

O que é essa maravilhosa dimensão, tão próxima e, no entanto, tão distante? Para compreender o verdadeiro sentido dos sonhos, devemos olhar para debaixo da superfície, para vermos o propósito de tudo. Por que estamos aqui? Como responderemos a esta antiqüíssima pergunta: Quem sou eu?

Somos Seres Interdimensionais

Os sonhos começam a despertar-nos para o fato de que somos seres espirituais ou interdimensionais, na terceira dimensão, ou espaço-tempo, mas não dela. Eles são como uma carta escrita pelo Eu Superior para a mente consciente. Despertam-nos para recursos mais elevados dentro de nós mesmos, fornecendo-nos informações acerca do que acontece em nossa vida quotidiana, e sobre como enfrentar e superar os problemas que surgem. Os sonhos também nos dão informações sobre o futuro, de modo que somos forçados a perguntar: "Como é que eu pude saber disso?”.

Os sonhos ajudam-nos a compreender que estados aqui, no palco da realidade da vigília, apenas temporariamente. O que chamamos de vida é, na verdade, uma escola. Há no universo muitas escolas ou níveis de consciência, e a Tenra é um dos mais importantes. Durante a nossa estada aqui, estamos aprendendo mais sobre a verdadeira natureza do nosso ser. Estamos aprendendo que somos energia criativa infinita, ou energia de amor, e que todas as nossas mágoas, desenganos e desilusões vêm de não reconhecermos essa verdade sobre quem e o que somos.

Estamos falando aqui de crescimento. Em todas as nossas experiências, passamos através delas ou crescemos com elas. Se nos limitarmos a passar através delas, vamos repeti-las vezes sem conta até aprendermos a lição que está por trás das aparências. Se crescermos com elas, estaremos livres para passar à etapa seguinte do aprendizado. Porém, para entendermos mais sobre crescer e aprender examinaremos dois antiqüíssimos conceitos: carma e reencarnação.

Carma e Reencarnação: Lições e Aprendizado

Para mim, com minha formação batista fundamentalista, foi difícil engolir os conceitos interligados de carma e reencarnação. No entanto, à medida que fui aprendendo mais através da minha mediunidade, comecei a perceber que tinham muito sentido. Essas idéias são conhecidas tanto da tradição oriental quanto da ocidental desde os primeiros tempos, e tiveram no passado uma ampla aceitação na igreja cristã primitiva.

A reencarnação sugere que a pessoa é basicamente espírito ou consciência, que assume forma corporal e nasce vida após vida. A reencarnação é o processo natural e normal de evolução da alma. A alma é o corpo etéreo ou de energia, a parte eterna do nosso ser. Não é nem masculina nem feminina, e sim uma integração de energias. Temos camadas ou corpos de energia dentro de nós, de que nos livramos à medida que ascendemos a níveis mais altos de percepção. Na morte física, livramo-nos do corpo físico como de uma capa, a mais baixa das vibrações energéticas.

Depois de ter aprendido as suas lições no plano terreno, con¬quistando equilíbrio mental, emocional, físico e espiritual, você passará ao plano celestial e viverá em um nível de energia muito mais elevado.

Cada alma escolhe a rapidez com que deseja progredir. Recebemos ensinamentos entre as reencarnações e no estado onírico, à noite. Quando a alma volta a terra, à percepção do tempo-espaço, traz consigo conhecimentos e formação, e trabalha para pô-los em prática enquanto está no corpo. Cada ser concebe um plano de crescimento antes da encarnação, o que espera alcançar durante essa vida, que carma pretende realizar. Uma vez encarnada, a alma está livre para levar o plano a cabo ou mudar de idéia. Os seus mestres, é claro, estarão presentes para estimulá-lo a continuar segundo o programa. Mas você está livre para fazer o que quiser com cada encarnação.

O carma refere-se à lei de causa e efeito que governa as experiências das pessoas ao longo das vidas coletivas e dentro da vida de um indivíduo. O carma quer dizer que se colhe aquilo que se se¬meia. É o princípio de responsabilidade individual subjacente a todos os ensinamentos do meu Eu Superior.

Para trabalhar efetivamente com os sonhos, devemos reconhecer que controlamos nosso próprio destino através de nossos pensamentos, palavras e feitos. Temos que abandonar nossas estru¬turas mentais de mártires e vítimas e aceitar a responsabilidade pelo que acontece em nossas vidas. Então poderemos beneficiar-nos dos sonhos como uma abundante fonte de ensinamentos.

A Oportunidade de Toda uma Vida

Em virtude dos seus laços cármicos passados e da sua percepção das lições a serem aprendidas, você escolheu intencionalmente as circunstâncias de sua existência atual. Antes de encarnar pela primeira vez, você já sabia o que os primeiros 28 anos de sua vida lhe reservavam. Você escolheu seus pais, seu sexo, sua nacionalidade, condições sócio-econômicas, signo astrológico. Sejam quais forem as suas circunstâncias, foi você que as preparou. Se você escolheu um corpo menos que perfeito, foi por alguma razão: nunca para punir, apenas para ensinar. Não existem acidentes ou coincidências na vida. Nada acontece por acaso. Tudo o que percebemos como sofrimento é na verdade uma maravilhosa oportunidade para corrigirmos erros ou desequilíbrios passados e seguir em direção à nossa meta suprema de iluminação.

Depois de absorvermos a ideia de que nós mesmos criamos a nossa situação aqui, somos capazes de perguntar por quê. Qual é a minha lição positiva? O que é que ela me está ensinando? Então, finalmente, deixamos de culpar os demais por nossa infelicidade nos damos conta de que ninguém pode limitar nossa vida. Não podemos mudar os outros, mas podemos mudar a nós mesmos o superar qualquer situação dada. Todas as relações e todas as experiências não passam de uma oportunidade para crescermos através de nossas limitações.

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